quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Valorização de serviços ambientais

A natureza trabalha em silêncio e a maioria das pessoas sequer nota os serviços prestados por ela. Tais serviços são essenciais à vida na Terra e sua não prestação coloca em risco de extinção toda a fauna e flora do planeta. Se todos os serviços prestados pela natureza fossem contabilizados monetariamente, o valor da fatura seria algo em torno de US$ 60 trilhões, segundo um estudo publicado na revista Nature em 1997.
Alguns exemplos de serviços prestados pela natureza seriam, a regulação de gases (produção de oxigênio e sequestro de carbono), belezas cênicas, conservação da biodiversidade, proteção de solos e regulação das funções hídricas, conforme o estudo Avaliação Ecossistêmica do Milênio, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Valores do ecossistema são medidas de quão importantes serviços do ecossistema são às pessoas - o que eles valem. Economistas medem o valor dos serviços dos ecossistemas para as pessoas através da estimativa do montante que as pessoas estão dispostas a pagar para preservar ou melhorar os serviços. No entanto, isso nem sempre é simples, por uma variedade de razões.
A ideia de Pagamento por Serviços Ambientais decorre, por um lado, do reconhecimento de que os ecossistemas efetivamente prestam serviços importantes que devem ser conservados e, por outro lado, o entendimento de que enquanto tais serviços não fizerem parte do mercado, isto é, não possuírem um valor monetário, não farão parte da tomada de decisões dos agentes que se relacionam com tais serviços e, consequentemente, correrão o risco de se extinguirem em benefício de outras atividades rentáveis.
A conservação dos mananciais gera uma série de benefícios, alguns deles passíveis de serem transformados em unidades monetárias, outros não. Por exemplo, as represas e rios com boa qualidade de água proporcionam áreas de recreação para as populações que utilizam suas praias ou os utilizam para navegar, geram habitat para a biodiversidade, que por sua vez gera alimentos, recreação (pesca) e trabalho.
O problema é que os seres humanos não deixam a natureza exercer seu papel. Muito pelo contrário, têm, há séculos, usado e abusado dos recursos naturais disponíveis no planeta, a ponto de levar muitos deles à escassez iminente. Estima-se, por exemplo, que até 2050 faltará água potável para metade da população mundial, se o ritmo de poluição de águas permanecerem o mesmo do final do século 20.



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